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domingo, 21 de dezembro de 2014

Repercussoma em 2014


Chegamos ao final de mais um ano! Uhuul ... As datas comemorativas se aproximam e aproveito esse momento oportuno para refletir sobre aquilo que mais gosto de estudar, o inflamassoma. Se fizermos uma retrospectiva, perceberemos que 2014 foi recheado de descobertas sensacionais, as quais se estendem desde a investigação de specks extracelulares de ASC até o reconhecimento do LPS citosólico pelo domínio CARD da caspase-11. E para fechar o ano com chave de ouro Wang e colaboradores demonstraram que os vírus de RNA promove a ativação do inflamassoma de Nlrp3 através da via de sinalização de Rip1 e Rip3. Na hora que eu li o título do trabalho eu logo pensei: Será que a necroptose, assim como a piroptose, também está relacionada com a ativação do inflamassoma? Pois bem meus caros amigos blogueiros, a resposta é que uma cascata de sinalização distinta da necroptose acontece.  O RNA citosólico derivado da infecção viral induz a formação do complexo Rip1/Rip3, que de forma independente de MLKL, fosforila a GTPase DRP1. DRP1, por sua vez, promove a inserção da proteína Fis1 na membrana externa da mitocôndria para que, assim, possa ser induzido o colapso da organela. Como consequência, tem-se o aumento dos níveis de espécies reativas de oxigênio e ativação do inflamassoma de Nlrp3. O mais legal é que se puxarmos todo nosso conhecimento da memória chegaremos à conclusão de que esse mecanismo atua de maneira diferente dos já bem estabelecidos ativadores do inflamassoma de Nlrp3. Não é tudo MUITO interessante?


Figura 1 – A fissão mitocondrial, iniciada pelo complexo Rip1/Rip3, “abastece” o inflamassoma de Nlrp3.


Comentário:

Rayamajhi, M. and Miao, E. The RIP1-RIP3 complex initiates mitochondrial fission to fuel NLRP3. Nature News and Views. 2014. doi:10.1038/ni.3030.

Post de Natália Ketelut (doutoranda FMRP/USP – IBA)

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